E os poemas insensíveis entreolharam-se, fintando-me:
-Eu que também sou poesia.
E aquele recorrente e intransponível “Eu”;
Mal-dito;
De Mal-gosto;
Mal-posto;
E eu Pessoa;
E o “eu lírico”.
E eu Augusto;
E o “Eu e as Poesias”;
E nós?
A caneta em deleite, protesta, chora, grita,
Borra entrelinhas;
A caneta da idéia atemporal,
Fadada ao papel,
Deixa seu rastro por onde passa,
Projetando agonias e alegrias,
E entre estas nascem púberes, majestosas e afiançadas: novas poesias.
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